cap4

A Ciência por Trás do ‘Pensar em Inglês’

Para começarmos a entender toda essa polêmica, sobre o que é realmente pensar em inglês.

Quero te fazer um pedido.

A partir de agora você vai pensar no seu cérebro como uma cidade. Imagine todas as conexões entre os neurônios como estradas que levam de um lugar para outro. Agora, imagine que você está aprendendo uma nova palavra em inglês, por exemplo, ‘apple’ (maçã). Quando você faz isso, não está construindo uma nova cidade chamada ‘Inglês’. 

Em vez disso, você está apenas construindo uma nova estrada em sua cidade já existente, conectando ‘apple’ com a imagem de uma maçã, o sabor de uma maçã, e a palavra ‘maçã’ em português.

E é aqui que está o pulo do gato. Aprender uma nova língua é adicionar novas estradas à sua cidade existente, não é criar uma nova cidade do zero. Então, ao contrário do que muitos podem pensar, seu português é, na verdade, uma ferramenta valiosa no processo de aprendizado do inglês.

E quando alguém diz para você ‘guardar o seu português no bolso’, parar de usá-lo para aprender,  é como se te dissessem para ignorar todas as estradas já construídas em sua cidade.

Isso não faz muito sentido, não é? 

Em vez disso, podemos usar essas estradas existentes para construir novas conexões mais rapidamente.Por isso, o ‘pensar em inglês’ não significa se desligar do português. Significa apenas adicionar novas estradas à sua cidade que já é maravilhosa.

TRADUÇÃO MENTAL 

Agora que entendemos como as novas palavras e estruturas de uma língua são armazenadas em nosso cérebro, chegamos ao segundo ponto dessa confusão: a tradução mental.

Algumas pessoas pensam que a tradução mental é um obstáculo para aprender inglês. Mas Imagine que você está numa nova cidade, sem um mapa, tentando se localizar.É aí que a tradução mental entra como um GPS, ajudando a encontrar a rota mais rápida entre duas palavras ou estruturas gramaticais em diferentes línguas.

A tradução mental é, de fato, uma ferramenta útil no começo, quando estamos tentando entender novas palavras ou estruturas gramaticais em inglês.No entanto, à medida que ganhamos mais fluência em inglês, essa ferramenta se torna menos necessária. É como se, ao conhecer melhor a cidade, precisássemos menos do GPS.

Portanto, a ciência nos mostra que a tradução mental não é um obstáculo, mas um trampolim no processo de aprendizado. E, o mais importante: é normal e natural traduzir mentalmente enquanto aprendemos uma nova língua.É o que a ciência chama de código de comutação.

O que na linguagem comum, significa justamente esse ato de traduzir mentalmente, e acredite ou não, isso ativa várias áreas do seu cérebro importantes para o aprendizado e memória. 

Um estudo publicado no Journal of Psycholinguistic Research descobriu exatamente isso quando examinou a atividade cerebral de pessoas bilíngues.

Outro estudo mostrou que as pessoas geralmente fazem esse código de comutação, essa tradução mental, quando estão em situações de alta demanda cognitiva. Ou seja, traduzir mentalmente é uma estratégia que pode nos ajudar a lidar com a complexidade da língua.E não para por aí, uma pesquisa publicada na Frontiers in Psychology sugere que a tradução mental pode até facilitar o aprendizado de vocabulário em uma nova língua.

Imagine que você está aprendendo a palavra ‘Dog’ em inglês. Ao ligá-la à palavra “cachorro”’, que você já conhece em português, você está criando uma ponte mental que ajuda a lembrar a nova palavra.

Então, pode tirar essa culpa das costas, porque a tradução mental não é apenas natural, mas também é uma ferramenta incrivelmente útil para aprender uma nova língua. 

Ela permite que nosso cérebro faça conexões, gerencie a complexidade e amplie nosso vocabulário de maneira eficaz, e muito mais rapidamente. 

Então, da próxima vez que você ouvir alguém dizer que você precisa parar de traduzir mentalmente, lembre-se: a ciência está do seu lado!

E claro, tá mais que liberado usar o seu português para aprender inglês. Afinal, nosso cérebro faz conexões e associações o tempo todo para compreender melhor o mundo à nossa volta.

Lembra lá de quando era uma criança aprendendo a fazer contas matemáticas? No início, você provavelmente usava os dedos para somar ou subtrair. Depois de algum tempo e prática, começou a fazer esses cálculos de cabeça. A tradução mental funciona de maneira semelhante.

Isso se deve ao fato de que, conforme nos tornamos mais proficientes, ou seja, aumentamos nosso repertório na língua alvo, começamos a criar associações diretas entre conceitos e palavras na nova língua, sem precisar passar pela nossa língua nativa.

Portanto, traduzir mentalmente não é uma muleta, mas sim um trampolim. Nos dá o impulso necessário para atingir níveis mais altos de compreensão e fluência. 

Agora a minha pergunta pra você é:

E se você pudesse usar o seu português para adquirir novos vocabulários e falar inglês de forma quase automática, até 10x mais rápido? 

Bom, é isso que mais de 50 mil brasileiros fizeram em mais de 70 países. Quer saber como isso acontece na prática, e como você pode começar ainda hoje?


É só clicar aqui para descobrir.